sábado, 29 de setembro de 2012

Uma nota sobre o casamento


Você possivelmente pode está se perguntando: como alguém que não é casada quer falar sobre casamento? Quero dar razão a este seu questionamento, é bem verdade que ainda não sou casada, mas tenho preparado a minha mente, emoção e o meu coração para quando esse dia chegar.

Quero com essa nota registrar meu profundo pesar com os conceitos atribuídos aos casamentos de hoje, infelizmente já não são os mesmos de tempos atrás. Pessoas se casam com algumas convicções equivocadas e atitudes preocupantes, que fazem do casamento algo solúvel.
Antigamente os votos feitos no altar eram cumpridos, respeitados e valorizados até que realmente a morte os separasse. Crises, doenças, finanças e conflitos conjugais, eram encarados e superados, eles não eram motivos para a dissolução de uma família. Hoje em dia, porém, tudo é completamente diferente, os votos feitos no altar diante de Deus e das pessoas que amamos, não estão passando de meros rituais, fazem-se votos para cumprir os padrões exigidos pela atualidade. Casa-se pensando em auto realização, ser feliz é realmente o que importa. Ter a casa dos sonhos, o automóvel do ano, viver uma vida cheia de aventuras e encantamento, viver uma felicidade interminável, mas se a pessoa escolhida não preencher estas expectativas, então o divórcio é plenamente justificável. O que eu acho um verdadeiro absurdo!

As pessoas precisam entender que o amor é mais que friozinho na barriga, que uma caminhada rumo ao altar requer renúncia e compromisso mútuo, que a auto realização não é a prioridade de uma relação. Sabe quando devemos nos sentir realizados? Quando nos esforçamos para superar as crises, quando colocamos em constante exercício a lealdade, fidelidade, humildade, amor e o serviço. Sentimo-nos realizados quando gastamos o nosso tempo para valorizar e em tudo apoiar o nosso cônjuge. Vê-lo também satisfeito em seus ideais faz com que também sintamos a tal da realização.

Entendam que compromisso e amor estão acima de tudo, isso significa que se as coisas não saírem da maneira que a gente planejou, juntaremos o que restou e construiremos novas coisas. Se a casa não for aquela que um dia tanto se sonhou, não será motivo para frustração, mas sim de alegria, pois não há nada mais alegre e tranquilizador do que viver uma vida simples, cheia de paz e amor, superação e vontade de ir mais longe, afinal de contas, quem disse que é preciso de muito para ter uma vida digna e feliz? A simplicidade é tudo e o que importa mesmo é estarmos juntos, pois juntos seremos mais fortes, juntos poderemos ser os maiores amigos que já existiu, poderemos suprir a necessidade um do outro, poderemos encarar os conflitos, saberemos lhe dar com as diferenças e semelhanças, planejaremos e realizaremos, seremos sinceros e honestos, falaremos a verdade em amor, construiremos pontes indestrutíveis, viveremos para glória de Deus, gastaremos tempo um com o outro, frutificaremos, trabalharemos juntos para o sucesso do casamento, construiremos uma família e ensinaremos a ela todos os princípios que de nossos pais adquirimos. Juntos nós resistiremos, a única coisa que jamais faremos é desistir, até que a morte nos separe!


Aline Sousa
Seminarista - Seminário Teológico da Missão JUVEP

Um comentário:

Cícero Manuel dos Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.